quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O Verbo se fez carne



Meditação diária da Palavra de Deus / Natal - Missa do Dia

ROMA, 25 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) -
Leitura
A missa do dia de Natal celebra o esplendor da manifestação do Verbo feito carne, o cumprimento admirável da promessa de salvação que brilha para todos os homens. O canto ao Evangelho anuncia solenemente a alegria do Natal: "Um dia santo raiou sobre todos nós: vinde todos e adorai o Senhor; uma grande luz desceu hoje sobre a terra". A luz que desceu sobre a terra ilumina o mundo, e o Verbo, por quem todas as coisas foram criadas, renova o universo e o recria com o poder renovador da sua graça.
Meditação
O prólogo do Evangelho de João é um dos ápices da revelação. Nesse texto maravilhoso, o evangelista resume os principais temas do seu Evangelho, oferecendo uma síntese única e original da história da salvação. Ela nos é mostrada à luz da Encarnação descrita com uma imagem poderosa e ousada, colocada no centro do prólogo: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós". A abordagem dos dois termos, "Verbo" e "carne", já nos surpreende, mas a afirmação de que um se tornou o outro nos atinge profundamente. A expressão descreve uma espécie de "curto-circuito", em que Deus-Verbo se faz carne-criatura. Além disso, o termo "carne" se refere à fraqueza da natureza humana e não somente à humanidade; é a afirmação do mistério inaudito que se realiza na encarnação. Deus escolhe o caminho da pobreza, quer abraçar o homem no seu estado de fragilidade para salvá-lo e trazê-lo de volta a si. No seu amor infinito, Ele recria o universo fazendo uma nova criação, remodelando o novo homem em Cristo Jesus e recriando a imagem do Filho em nós, que o pecado tinha deformado. Tudo foi criado por meio do Verbo e tudo é recriado por meio dele. O testemunho de João Batista proclama o vínculo que une a Encarnação com as profecias, é uma continuidade do pacto com Abraão, que, finalmente, encontra o seu cumprimento em Cristo. A Sabedoria Eterna, a Palavra de Deus, o Filho unigênito do Pai, finalmente revela o rosto de Deus falando na língua dos homens; através da sua própria carne frágil, Deus revela a verdade e o amor. Na Encarnação, o Verbo feito homem se torna a mediação, o instrumento de salvação e a ponte que nos liga a Deus.
Oração
Ó Verbo feito carne, ó Filho unigênito de Deus, eu te peço, salva-me. Tu, que desceste até mim para me salvar do pecado e da morte, tu que tomaste sobre ti a fraqueza e a fragilidade de cada homem para restaurar o que tinha sido arruinado pelo pecado, dá-me a salvação, transforma a minha miséria em redenção.
Ação
Escolho com Cristo o caminho da humildade e do serviço: tentarei, na vida cotidiana, a exemplo do Verbo encarnado, tornar meus, por amor, o sofrimento e as necessidades dos outros.
Meditação do dia proposta por mons. Marco Frisina, presidente da Comissão Diocesana de Roma para a Arte Sacra e a Herança Cultural. Publicado em "Messa Meditazione" e reproduzido por cortesia das Edições ART.

Fonte: Zenit.org

SAV - Equipe

"Príncipe da Paz, convertei por todo o lado o coração dos violentos"



Mensagem Urbi et Orbi do Papa Francisco

CIDADE DO VATICANO, 25 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) - «Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens do seu agrado» (Lc 2, 14).
Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, bom dia e feliz Natal!
Faço meu o cântico dos anjos que apareceram aos pastores de Belém, na noite em que nasceu Jesus. Um cântico que une céu e terra, dirigindo ao céu o louvor e a glória e, à terra dos homens, votos de paz.
Convido todos a unirem-se a este cântico: este cântico é para todo o homem e mulher que vela na noite, que tem esperança num mundo melhor, que cuida dos outros procurando humildemente cumprir o seu dever.
Glória a Deus.
A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo.
Possa cada um de nós dar glória a Deus sobretudo com a vida, com uma vida gasta por amor d’Ele e dos irmãos.
Paz aos homens.
A verdadeira paz – como sabemos – não é um equilíbrio entre forças contrárias; não é uma bela «fachada», por trás da qual há contrastes e divisões. A paz é um compromisso de todos os dias, mas a paz é artesanal, realiza-se a partir do dom de Deus, da graça que Ele nos deu em Jesus Cristo.
Vendo o Menino no presépio, Menino de paz, pensamos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, mas pensamos também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes... As guerras dilaceram e ferem tantas vidas!
Muitas dilacerou, nos últimos tempos, o conflito na Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a pedir ao Senhor que poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio, e as partes em conflito ponham fim a toda a violência e assegurem o acesso à ajuda humanitária. Vimos como é poderosa a oração! E fico contente sabendo que hoje também se unem a esta nossa súplica pela paz na Síria crentes de diversas confissões religiosas. Nunca percamos a coragem da oração! A coragem de dizer: Senhor, dai a vossa paz à Síria e ao mundo inteiro. E convido também os não crentes a desejarem a paz, com o seu anelo, aquele anelo que alarga o coração: todos unidos, ou com a oração ou com o desejo. Mas todos, pela paz.
Ó Deus Menino, dai paz à República Centro-Africana, frequentemente esquecida dos homens. Mas Vós, Senhor, não esqueceis ninguém e quereis levar a paz também àquela terra, dilacerada por uma espiral de violência e miséria, onde muitas pessoas estão sem casa, sem água nem comida, sem o mínimo para viver. Favorecei a concórdia no Sudão do Sul, onde as tensões actuais já provocaram demasiadas vítimas e ameaçam a convivência pacífica naquele jovem Estado.
Vós, ó Príncipe da Paz, convertei por todo o lado o coração dos violentos, para que deponham as armas e se empreenda o caminho do diálogo. Olhai a Nigéria, dilacerada por contínuos ataques que não poupam inocentes nem indefesos. Abençoai a Terra que escolhestes para vir ao mundo e fazei chegar a um desfecho feliz as negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos. Curai as chagas do amado Iraque, ferido ainda frequentemente por atentados.
Vós, Senhor da vida, protegei todos aqueles que são perseguidos por causa do vosso nome. Dai esperança e conforto aos deslocados e refugiados, especialmente no Corno de África e no leste da República Democrática do Congo. Fazei que os emigrantes em busca duma vida digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa.
Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se dêem conta da gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância.
Senhor do céu e da terra, olhai para este nosso planeta, que a ganância e a ambição dos homens exploram muitas vezes indiscriminadamente. Assisti e protegei quantos são vítimas de calamidades naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo recente tufão.
Queridos irmãos e irmãs, hoje, neste mundo, nesta humanidade, nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! Precisamos que o nosso coração se comova. Deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos das suas carícias. As carícias de Deus não fazem feridas: as carícias de Deus dão-nos paz e força. Precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus.
Votos de um Natal feliz no termo da Mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre
A vós, queridos irmãos e irmãs, vindos de todo o mundo e reunidos nesta Praça, e a quantos estão em ligação connosco nos diversos países através dos meios de comunicação, dirijo os meus votos de um Natal Feliz!
Neste dia, iluminado pela esperança evangélica que provém da gruta humilde de Belém, invoco os dons natalícios da alegria e da paz para todos: para as crianças e os idosos, para os jovens e as famílias, para os pobres e os marginalizados. Nascido para nós, Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. Feliz Natal para todos!

Fonte: Zenit.org

SAV - Equipe

Sto. Estêvão Diácono, Protomártir, festa



Santo Estêvão, diácono, primeiro mártir, séc. I

Depois do Pentecostes, os apóstolos dirigiam o anúncio da mensagem cristã aos mais próximos, aos hebreus, aguçando o conflito apenas acalmado da parte das autoridades religiosas do judaísmo. Como Cristo, os apóstolos conheceram logo as humilhações dos flagelos e da prisão, mas apenas libertados das correntes retomam a pregação do Evangelho. A primeira comunidade cristã, para viver integralmente o preceito da caridade fraterna, colocou tudo em comum, repartindo diariamente o que era suficiente para o seu sustento. Com o crescimento da comunidade, os apóstolos confiaram o serviço da assistência diária a sete ministros da caridade, chamados diáconos. 

Entre eles sobressaía o jovem Estêvão, que além de exercer as funções de administrador dos bens comuns, não renunciava ao anúncio da Boa Nova, e o fez com tanto sucesso que os judeus “apareceram de surpresa, agarraram Estêvão e levaram-no ao tribunal. Apresentaram falsas testemunhas, que declararam: "Este homem não faz outra coisa senão falar contra o nosso santo templo e contra a Lei de Moisés. Nós até o ouvimos afirmar que esse Jesus de Nazaré vai destruir o templo e mudar as tradições que Moisés nos deixou." 

Estêvão, como se lê nos Actos dos Apóstolos, cheio de graça e de força, como pretexto de sua autodefesa, aproveitou para iluminar as mentes de seus adversários. Primeiro, resumiu a história hebraica de Abraão até Salomão, em seguida afirmou não ter falado contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem fora do Templo. Demonstrou, de facto, que Deus se revelava também fora do Templo e se propunha a revelar a doutrina universal de Jesus como última manifestação de Deus, mas os seus adversários não o deixaram prosseguir no discurso, "taparam os ouvidos e atiraram-se todos contra ele, em altos gritos. Expulsaram-no da cidade e apedrejaram-no."

Dobrando os joelhos debaixo de uma tremenda chuva de pedra, o primeiro mártir cristão repetiu as mesmas palavras de perdão pronunciadas por Cristo sobre a Cruz: "Senhor, não os condenes por causa deste pecado." Em 415 a descoberta das suas relíquias suscitou grande emoção na cristandade. A festa do primeiro mártir foi sempre celebrada imediatamente após a festividade do Natal.


SAV - Equipe



terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Tempo do Natal



Vigília de Natal

A liturgia desta noite fala-nos de um Deus que ama os homens; por isso, não os deixa perdidos e abandonados a percorrer caminhos de sofrimento e de morte, mas envia “um menino” para lhes apresentar uma proposta de vida e de liberdade. Esse menino será “a luz” para o povo que andava nas trevas.
A primeira leitura anuncia a chegada de “um menino”, da descendência de David, dom de Deus ao seu Povo; esse “menino” eliminará a guerra, o ódio, o sofrimento e inaugurará uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim.
O Evangelho apresenta a realização da promessa profética: Jesus, o “menino de Belém”, é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer – sobretudo aos pobres e marginalizados – a salvação. A proposta que Ele traz não será uma proposta que Deus quer impor pela força; mas será uma proposta que Deus oferece ao homem com ternura e amor.
A segunda leitura lembra-nos as razões pelas quais devemos viver uma vida cristã autêntica e comprometida: porque Deus nos ama verdadeiramente; porque este mundo não é a nossa morada permanente e os valores deste mundo são passageiros; porque, comprometidos e identificados com Cristo, devemos realizar as obras d’Ele.


SAV - Equipe

Papa Francisco visita Bento XVI para desejar-lhe Feliz Natal



O encontro aconteceu no monastério Mater Ecclesia

Por Redação
ROMA, 23 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) - Na tarde desta segunda-feira (23),às 17:00 (hora local), o Santo Padre Francisco visitou o Papa Emérito BentoXVI para desejar-lhe um feliz Natal. A informação é da assessoria de imprensa do Vaticano.
Bento XVI recebeu o pontífice na entrada do monastério Mater Ecclesiae (Mãe da Igreja), local onde ele reside atualmente. Após rezarem juntos na capela do local, os dois tiveram uma reunião privada de aproximadamente meia hora, em uma sala da residência.
O Papa Francisco, acompanhado por seu secretário pessoal, também saudou outros membros da “familia” do Papa Emérito, monsenhor Georg Gaenswein e as Memores Domini, e partiu por volta das 17:45.  

Fonte: Zenit.org

SAV - Equipe

Propósitos de Natal



Dom Walmor, arcebispo de Belo Horizonte, convida a renovar propósitos nesse Natal

Por Dom Walmor Oliveira de Azevedo*
BELO HORIZONTE, 20 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) - O Natal é tempo propício para eleger e retomar propósitos, uma preparação qualificada com reflexos no percurso dos dias do novo ano que se aproxima. Assumir propósitos é um exercício educativo e indispensável. São metas desenhadas no horizonte da existência, que precisa ser qualificada. Definir e planejar objetivos são tarefas que podem garantir as correções de rumos, o alcançar de entendimentos indispensáveis e o ajustamento de condutas nos contextos familiar, institucional e social. As metas não podem ser pensadas apenas nas engrenagens empresariais e institucionais, pois a vida não se constrói sem disciplina individual.
Indispensável é o propósito de cada um compreender-se como pessoa humana, coração da paz. Deve se tornar inegociável e compromisso determinante a atitude diária de respeitar o próximo. Um respeito testemunhado em cada gesto e palavras, no cuidado com aquilo que é público e está a serviço de todos. Há uma gramática própria no coração humano que precisa ser recuperada dos desgastes que o consumismo, a indiferença e a mesquinhez do egoísmo e da ganância produzem, desfigurando a humanidade, impulsionando corações ao ódio, à violência, à vingança, que matam a fraternidade como missão e propriedade do ser humano. Essa gramática do coração humano se recompõe pela reconquista do sentido de transcendência, exercitado pela espiritualidade.
A vida vivida, construída e entendida apenas do lado de fora, conduzida por exterioridades, desgasta culturas e pessoas, produzindo cenários desoladores, da miséria à violência.  A espiritualidade exercitada como competência no reconhecimento do lugar central de Deus na própria vida se desdobra em compromisso com a ecologia da paz, isto é, a igualdade da natureza de todas as pessoas. Esta compreensão produz sensibilidade na consideração da realidade social, aquela próxima de cada um de nós, deixando-se incomodar pelas insidiosas desigualdades no acesso a bens essenciais, como água, comida, saúde e moradia. Dessa consideração, surge a prática de pequenos e grandes gestos, o compromisso de cada cidadão no cuidado para com os pobres.
Não importa se o que cada um faz seja como uma gota d’água no oceano, pois o oceano é feito de gotas d’água. São indispensáveis todos os gestos de solidariedade de cada um. Esta tarefa educativa permanente dos corações deve ser assumida pela família. Se cada família for conduzida como comunidade de paz, se tornará uma permanente escola de solidariedade, capaz de modular, de modo humanístico e justo, a sociedade contemporânea. A família é o lugar primário das relações humanas e, consequentemente, da sociedade. Nela não se pode perder o sentido dos ritos, a aprendizagem dos limites e do respeito incondicional à vida. Se o sentido da paz não for aprendido na família, ficará comprometida a gramática do coração humano. Monstros nascerão, as arbitrariedades presidirão as dinâmicas da sociedade e traçada estará uma avalanche de relativizações.
Avançar na contramão das violências que desfiguram a sociedade supõe assumir o propósito de não se deixar vencer pelo mal. É preciso superá-lo com o bem. O mal tem o rosto de quem o escolhe. É praticado por quem se esquiva das exigências do amor. A competência para o bem moral nasce do amor, manifesta-se e é orientado por ele. E esse amor está plenamente manifestadoem Cristo Jesus, o Salvador da humanidade. Celebrar o seu Natal é antes e acima de tudo compreender a lógica do amor, não permitindo, por nenhuma razão ou título sua camuflagem com ilusórias escolhas e passageiras comemorações.
O grande propósito prático e incidente é vencer o mal com o bem, sempre e em todas as circunstâncias, dedicando particular atenção ao bem comum com suas vertentes sociais e políticas. O propósito de ouro é buscar o bem do outro como se fora o seu. Ainda mais precioso, com efeitos revolucionários, é a meta indicada por Jesus de não se fazer aos outros o que não se deseja a si mesmo. Que o caminho para a paz seja percorrido com a convicção de que a paz não pode ser alcançada sem justiça, e não há justiça sem perdão. Perdoar e fazer o bem devem ser sempre os propósitos de Natal.

*Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

Fonte: Zenit.org

SAV - Equipe

sábado, 21 de dezembro de 2013

S. Pedro Canísio Presb.Dr., CmFac



S. Pedro Canísio, presbítero, Doutor da Igreja, +1597

Nasceu em 1521, em Nimega (Holanda). Estudou em Colónia e entrou na Companhia de Jesus. Foi ordenado sacerdote em 1546. Destinado à Alemanha,trabalhou denodadamente na defesa da fé católica com seus escritos e pregação. Publicou numerosas obras, entre as quais se destaca o seu Catecismo. Morreu em Friburgo (Suíça), no ano de 1597.


SAV - Equipe



sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Nota sobre a Oração



Oração Cristã

Em nosso tempo, imbuído por uma cultura mediática, globalizada, barulhenta, consumista e hedonista os cristãos enfrentam dificuldades para orar, ou seja, não encontram tempo para Deus, logo, passam a comportar-se como se Deus não existisse. Entretanto, neste cenário, observa-se ‘a necessidade de recolhimento espiritual e dum profundo contato com o mistério divino’.

Os métodos tradicionais de meditação da ‘genuína tradição da Igreja’ caem em desuso. Em grandes linhas, a Carta acerca de alguns aspectos da meditação cristã, de 15 de outubro de 1989, para esclarecer a natureza íntima da oração cristã formula uma premissa – ‘A oração cristã é sempre determinada pela estrutura da fé cristã, na qual resplandece a verdade mesma de Deus e da criatura’ – no princípio e na base da oração cristã está a fé, que é dom Deus, que determina e dá consistência ao ‘diálogo pessoal, íntimo e profundo, entre o homem e Deus’. 

Esse relacionamento pessoal entre Deus e o ser humano tem sua plenitude no amor, revelado em Jesus Cristo, pois, existe uma estreita relação entre revelação e oração. Todavia, é preciso reconhecer, que já nos primeiros séculos, a Igreja enfrentou modos errôneos de rezar: a pseudo-gnose (certo exagero sobre assuntos importantes, ex.: questões ecológicas, pecado, graça etc); e o messilianismo (risco de reduzir a oração à emotividade). Quiçá, para nós, segundo o Catecismo, devemos lutar contra a distração, a aridez, a falta de fé e a acídia, que são dificuldades para a oração e devem ser combatidas pela vigilância e sobriedade de coração (n. 2730).

A condição primeira do orante é reconhecer-se criatura, ‘o homem é essencialmente criatura e tal permanece para sempre’. Isso não desmerece sua pessoa, mas, fundamentalmente, cria o lugar de oração, pois, o arquétipo da oração é o Filho de Deus, no qual e pelo qual fomos criados (cf. Cl 1, 16). Jesus aprendeu a rezar segundo a oração ensinada e aprendida na casa de Nazaré. A relação filial com Deus, necessariamente no move ao próximo, porque, na base do agir cristão está a experiência do amor de Deus.

O Amor é Deus-Trindade, uma só Natureza em Três Pessoas, que nos amou por primeiro para que conhecendo o amor possamos viver nossa vocação na fé, na esperança e na caridade. Desse modo, alimentar nossa relação pessoal com Deus, como fez a mulher samaritana (cf. Jo 4). A oração cristã não é simplesmente repetir fórmulas prontas, que tem seu valor, no entanto, bem mais que ressoar tais formulações é criar espaço para que o Espírito, dom primeiro de Deus, suscite uma oração sincera, verdadeira, livre e espontânea, que brota do coração, como resposta humana e acolhimento a palavra de Deus que vem a nós, haja vista, que a real importância não está na palavra, em si, mas em quem nos dá a palavra. 

Sugestão: Visite a Capela Virtual no portal dos Padres e Irmãos Camilianos, acesse www.camilianos.org.br

[Pe. Gilmar Antônio Aguiar, M.I.]

SAV - Equipe

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Angelus: "A alegria do cristão está em descobrir que é acolhido e amado por Deus"



Texto completo das palavras do Papa Francisco. Em uma praça de São Pedro sob chuva, abençoou as imagens do Menino Jesus para os presépios

Por Redação
ROMA, 15 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) 
Obrigado!
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje é o terceiro domingo do Advento, dito também domingo Gaudete, isso é, domingo da alegria. Na liturgia, ressoa várias vezes o convite à alegria, a alegrar-se, por que? Porque o Senhor está próximo. O Natal está próximo. A mensagem cristã se chama “evangelho”, isso é, “boa notícia”, um anúncio de alegria para todo o povo; a Igreja não é um refúgio para o povo triste, a Igreja é a casa da alegria! E aqueles que estão tristes encontram nessa a alegria, encontram nessa a verdadeira alegria!
Mas aquela do Evangelho não é uma alegria qualquer. Encontra a sua razão no saber-se acolhido e amado por Deus. Como nos recorda hoje o profeta Isaías (cfr 35, 1-6.8ª.10), Deus é aquele que vem para nos salvar, e presta socorro especialmente aos desanimados de coração. A sua vinda em meio a nós nos fortalece, torna sãos, dá coragem, faz exultar e florir o deserto e o estepe, isso é, a nossa vida quando se torna árida. E quando a nossa vida se torna árida? Quando está sem a água da Palavra de Deus e do seu Espírito de amor. Por mais que sejam grandes os nossos limites e os nossos desânimos, não nos é permitido sermos fracos e vacilantes diante das dificuldades e das nossas próprias fraquezas. Ao contrário, somos convidados a robustecer as mãos, a firmar os joelhos, a ter coragem e não temer, porque o nosso Deus nos mostra sempre a grandeza da sua misericórdia. Ele nos dá a força para seguir adiante. Ele está sempre conosco para nos ajudar a seguir adiante. É um Deus que nos quer tanto bem, nos ama e por isto está conosco, para nos ajudar, para nos robustecer e seguir adiante. Coragem! Sempre avante! Graças à sua ajuda nós podemos sempre começar de novo. Como? Começar de novo? Alguém pode me dizer: “Não, padre, eu fiz tantas coisas…Sou um grande pecador, uma grande pecadora…Eu não posso recomeçar!”. Você está errado! Você pode recomeçar! Por que? Porque Ele te espera, Ele está próximo a você, Ele te ama, Ele é misericordioso, Ele te perdoa, Ele te dá a força de recomeçar! A todos! Então somos capazes de reabrir os olhos, de superar tristeza e choro e entoar um canto novo. E esta alegria verdadeira permanece também na prova, também no sofrimento, porque não é uma alegria superficial, mas desce no profundo da pessoa que se confia a Deus e confia Nele.
A alegria cristã, como a esperança, tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, na certeza de que Ele mantém sempre as suas promessas. O profeta Isaías exorta aqueles que perderam o caminho e estão no desânimo a terem confiança na fidelidade do Senhor, porque a sua salvação não tardará a irromper nas suas vidas. Quantos encontraram Jesus ao longo do caminho, experimentam no coração uma serenidade e uma alegria da qual nada e ninguém poderá privá-los. A nossa alegria é Jesus Cristo, o seu amor fiel e inesgotável! Por isso, quando um cristão se torna triste, quer dizer que se afastou de Jesus. Mas então não é preciso deixá-lo sozinho! Devemos rezar por ele e fazê-lo sentir o calor da comunidade.
A Virgem Maria nos ajude a apressar o passo rumo a Belém, para encontrar o Menino que nasceu para nós, para a salvação e a alegria de todos os homens. A ela o Anjo disse: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28). Ela nos ajude a viver a alegria do Evangelho na família, no trabalho, na paróquia e em todo lugar. Uma alegria íntima, feita de admiração e ternura. Aquela que experimenta uma mãe quando olha para a sua criança recém-nascida e sente que é um dom de Deus, um milagre pelo qual só agradecer!
(Tradução canção nova notícia/ Jéssica Marçal)

Fonte: Zenit.org

SAV - Equipe

S. João da Cruz PresbDr, memória



S. João da Cruz, presbítero, reformador, Doutor da Igreja, +1591

São João da Cruz (João de Yepes) nasceu perto de Ávila, em Fontiveros, Espanha, no ano de 1542. Era filho de tecelões. Após ter dado provas da sua imperícia nas várias ocupações para as quais a família, muito pobre, o tentou encaminhar, ao vinte anos, ingressou na Ordem dos Carmelitas. Estudou artes e teologia em Salamanca, onde foi prefeito dos estudantes. Foi ordenado sacerdote no ano de 1567, época em que se encontrou com Santa Teresa de Ávila (Teresa de Jesus) a reformadora das carmelitas. A Santa fundadora tinha em mente alargar a reforma também aos conventos masculinos da Ordem Carmelita, e seu delicado discernimento fê-la entrever naquele frade, pequeno, extremamente sério, fisicamente insignificante, mas rico interiormente, o parceiro ideal para levar por diante o seu corajoso projecto.

Aos vinte e cinco anos de idade João de Yepes mudou de nome, passando a chamar-se João da Cruz e pôs mãos à obra na reforma, fundando em Durvelo o primeiro convento dos carmelitas descalços. Santa Teresa de Jesus chamava-o de seu pequeno Séneca, brincava amavelmente com a sua baixa estatura mas não hesitava em considerá-lo o pai de sua alma, afirmando também que não era possível discorrer com ele sobre Deus sem vê-lo em êxtase. Vinte e sete anos mais jovem que Teresa, João de Yepes é uma das figuras da mística moderna.

Mas a chamada "religiosidade do deserto" custou ao santo fundador maus-tratos físicos e difamações: em 1577 ficou preso durante oito meses no cárcere de Toledo. Mas foi nessas trevas exteriores que se acendeu a grande chama da sua poesia espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da Noite Escura da Alma, da Subida do Monte Carmelo, do Cântico Espiritual e da Chama de Amor Viva.

São João da Cruz, morreu no convento de Ubeda, aos quarenta e nove anos, no dia 14 de dezembro de 1591. Foi canonizado em 1726. O Papa Pio XI conferiu-lhe o título de doutor da Igreja, dois séculos depois. 


SAV - Equipe

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Santa Luzia VgMtr, memória



Santa Luzia, virgem, mártir, +303

Santa Luzia, como se lê nas Actas, pertencia a uma família rica de Siracusa. A mãe dela, Eutíquie, ficou viúva e havia prometido dar a filha como esposa a um jovem concidadão. Luzia, que tinha feito voto de se conservar virgem por amor a Cristo, obteve que as núpcias fossem adiadas, também porque a mãe foi atingida por uma grave doença. Devota de Santa Águeda, a mártir de Catânia, que vivera meio século antes, Luzia quis levar a mãe enferma em visita ao túmulo da Santa. Desta peregrinação a mulher voltou perfeitamente curada e por isso concordou com a filha, dando-lhe licença para seguir a vida que havia escolhido; consentiu também que ela distribuísse aos pobres da cidade os bens do seu rico dote. O noivo rejeitado vingou-se acusando Luzia de ser cristã ao procônsul Pascásio. Ameaçada de ser exposta ao prostíbulo para que se contaminasse, Luzia deu ao procônsul uma sábia resposta: "O corpo contamina-se se a alma consente."

O procônsul quis passar das ameaças aos factos, mas o corpo de Luzia ficou tão pesado que dezenas de homens não conseguiram carregá-lo sequer um palmo. Um golpe de espada pôs fim a uma longa série de sofrimentos, mas mesmo a morrer, a jovem continuou a exortar os fiéis a antepôr os deveres para com Deus àqueles para com as criaturas, até que os companheiros de fé, que faziam um círculo em volta dela, selaram o seu comovente testemunho com a palavra: Amém.

Testemunham-lhe a antiga devoção, que se difundiu muito rapidamente não só no Ocidente, mas também no Oriente. O episódio da cegueira, ao qual ordinariamente chamam a atenção as imagens de Santa Luzia, está provavelmente vinculado ao nome: Luzia (Lúcia) derivada de lux (= luz), elemento indissolúvel unido não só ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural. Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui a Santa Lúcia ou Luzia a função de graça iluminadora.


SAV - Equipe


Papa Francisco, a "Personalidade do Ano de 2013"

Papa Francisco, a "Personalidade do Ano de 2013" segundo a revista Time


Padre Lombardi: "Um dos reconhecimentos mais prestigiosos da imprensa internacional é atribuído a um anunciador de valores espirituais, religiosos e morais"


Por Redacao
ROMA, 11 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) - O papa Francisco é a Personalidade do Ano de 2013 na revista Time. O anúncio foi feito pelo diretor do famoso semanário, Nancy Gibbs. Desde 1927, a revista presta reconhecimento à pessoa ou entidade dominante do ano que está prestes a terminar.
A Time já colocou dois pontífices na capa: João XXIII, em 1962, e João Paulo II, em 1994. Bergoglio, o papa que, diz a Time, "escolheu o nome do santo humilde", é, portanto, o terceiro pontífice a ser escolhido como "a personalidade do ano".
“Isto não é surpreendente”, comenta o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, “dada a enorme ressonância e a atenção vastíssima que foi dada à eleição do papa Francisco e ao início do novo pontificado".
Para Lombardi, "é um sinal positivo o fato de que um dos mais prestigiosos reconhecimentos da imprensa internacional seja dado a quem anuncia no mundo os valores espirituais, religiosos e morais e fala eficazmente em favor da paz e de mais justiça".
Quanto ao papa, acrescentou Lombardi, "ele não procura fama nem sucesso, porque anunciar o Evangelho do amor de Deus para todos é o dever dele. Se isso atrai homens e mulheres e lhes transmite esperança, o papa fica feliz. Se esta escolha do homem do ano significa que muitos entenderam essa mensagem pelo menos implicitamente, então o papa certamente se alegra com este reconhecimento".

Fonte: Zenit.org

SAV - Equipe

Nossa Senhora de Guadalupe, festa



Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina


 Por volta de 1531, os missionários espanhóis haviam já aprendido a língua dos indígenas para fins de evangelização. Conforme a antiga tradição, foi justamente nesse ano que a Virgem Mãe de Deus apareceu ao recém convertido Juan Diego (João Diogo, em Português), um piedoso índio, na colina de Tepeyac, perto da capital do México. Com muita afabilidade o exortou a ir ter com o Bispo e pedir-lhe que nesse lugar erguessem um Santuário em sua honra. O Bispo da diocese, Dom Frei João de Zumárraga retardou a resposta a fim de averiguar, cuidadosamente, o que tinha acontecido. Quando Juan, movido por uma segunda aparição e nova insistência da Santíssima Virgem, renovou as suas súplicas, entre lágrimas, ordenou-lhe o bispo que pedisse um sinal que comprovasse de que a ordem vinha realmente da grande Mãe de Deus. 
Vindo Juan, certo dia, de um lugar mais distante, por um caminho que não passa pela colina de Tepeyac e dirigindo-se à capital, à procura de um sacerdote que administrasse os últimos sacramentos ao tio moribundo, a Virgem veio ao seu encontro, pela terceira vez, e consolou-o com a notícia do completo restabelecimento do tio, colocando-lhe no manto estendido belíssimas flores que haviam desabrochado há pouco tempo, apesar da esterilidade do terreno e do inverno: "Escuta, meu filho, não temas; não fiques preocupado ou assustado; não tens que temer essa doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui ao teu lado? Eu sou a Mãe dadivosa. Não te escolhi para mim e não te tomei ao meu cuidado? Não permitas que nada te aflija ou perturbe. Quanto à doença do teu tio, não é mortal. Acredita: agora mesmo ficará curado." 
Ao ouvir estas palavras, o piedoso vidente voltou a renovar o seu oferecimento para levar o sinal ao Bispo.
A SS. Virgem mandou-o ao lugar onde a tinha visto pela primeira vez, dizendo-lhe que lá encontraria uma grande variedade de flores. Que as colhesse e as trouxesse.
Subiu Juan Diego ao alto da colina. No frio mês de Dezembro, naquela terra árida e rochosa, onde nem vegetação havia, tinham brotado abundantes rosas de cor e perfume maravilhosos. Nossa Senhora colocou-as no "poncho" (manta com um buraco no meio por onde enfiavam a cabeça) e mandou levá-las ao Bispo que com este sinal se havia de convencer.

Juan Diego obedeceu e, ao despejar as flores perante o Bispo, apareceu uma linda pintura de Nossa Senhora tal como ela se mostrara na colina perto da cidade. O bispo acompanhou Juan ao local designado por Nossa Senhora e depois foi ver o tio dele, já curado. Este, ouvindo descrever a Senhora, assentiu sorrindo: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou-me. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac. Disse que sua imagem seria chamada Santa Maria de Guadalupe, embora não tenha explicado o porquê.” 

A fama do milagre espalhou-se rapidamente por todo o território. Os cidadãos, profundamente impressionados por tão grande prodígio, procuraram guardar respeitosamente a santa Imagem na capela do paço episcopal. Mais tarde, após várias construções e ampliações, chegou-se ao magnífico templo atual. De toda a parte e não só do México, acorrem os homens à Senhora de Guadalupe.

Em 1754, escrevia o Papa Bento XIV: “Nela tudo é milagroso: uma imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros; uma Imagem estampada num tecido tão transparente que se pode ver através dele facilmente o povo e a nave da Igreja: uma imagem em nada deteriorada, nem no seu supremo encanto, nem na nitidez das cores, pelas emanações da humildade do lago vizinho que já corroeram a prata, o ouro e o bronze... Deus não procedeu assim com nenhuma outra nação.”

Em outros santuários marianos, a fé move os devotos, mas em Guadalupe a celestial visão nunca cessa. Junto a essa presença maternal, ninguém se sente como um filho culpado de Adão; cada qual experimenta a inocente simplicidade e o doce aconchego de um filho amoroso.


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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

S. Dâmaso I Pp, MFac

S. Dâmaso I, papa, +384


                                                                                                       

São Dâmaso, um grande Papa da Igreja, ocupou a Sé de Roma de 366 a 384. Era muito provavelmente originário da Península Ibérica. Foi eleito Papa a 1 de Outubro de 366. Não foi fácil a sua escolha nesse período conturbado da Igreja. No tempo do seu Pontificado, era bispo de Milão o grande santo Ambrósio. São Dâmaso teve que enfrentar o cisma causado por um antipapa; embora não fosse este o único problema para Dâmaso, já que teve de combater o Arianismo, que negava a consubstancialidade de Cristo com o Pai.
O Imperador Teodósio encontrou nele um Papa que afirmou sempre, com serena firmeza, a “autoridade da Sé Apostólica”. Dâmaso fez tudo pela unidade da Igreja, e para deixar claro o Primado do Papa, pois foi ordem expressa de Cristo “e eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela”(Mt16,18).
São Dâmaso esteve no II Concilio Ecuménico onde foi declarado a definição dogmática sobre a Divindade do Espírito Santo. Foi ele quem encarregou S. Jerónimo da tradução da Bíblia do original para o latim, língua oficial da Igreja. Ficou conhecido como o “Papa das catacumbas dos Mártires”, por ter sido ele o responsável pela sua restauração.
Foi o Papa mais notável do século IV, faleceu em 384 com 80 anos, e está sepultado na chamada Cripta dos Papas, por ele explorada nas Catacumbas de S. Calisto onde tinha anteriormente inscrito: “Aqui eu, Dâmaso, desejaria mandar sepultar os meus restos, mas tenho medo de perturbar as piedosas cinzas dos santos” – humildade e descrição de um Papa verdadeiramente santo, que de facto preparou para si uma sepultura longe, num local solitário.  


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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Natal com Jesus é Natal



Não temeis, eis que vos anuncio uma Boa Nova: ... hoje vos nasceu o Salvador que é o Cristo Senhor (Lucas 2, 10 11)

Por Pe. Reginaldo Manzotti
CURITIBA, 06 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) - Nos últimos anos, percebemos a necessidade de resgatar, de forma urgente e enfática, o verdadeiro sentido do Natal. Por isso, neste ano, na sua casa, permita que o aniversariante, Jesus Cristo, seja o centro das festividades. E com o tema “Natal com Jesus é Natal”, vamos propor um Natal capaz de despertar na sociedade, os sentimentos de solidariedade e paz.
Para tal, propomos atitudes simples, mas que podem fazer a diferença:
* Valorize o uso da imagem do Menino Jesus e do presépio nas decorações natalinas, tanto em casa, como nas escolas, comércios e demais ambientes.
* Organize-se para fazer a novena de Natal no seu grupo de orações ou círculo bíblico. Prepare uma manjedoura simples, que possa estar a cada dia, no centro da sala com uma vela.
* Incentive a produção de autos de Natal por grupos jovens, nas igrejas, salões paroquiais e praças.
* Promova exposições de presépios dos mais variados tipos e criatividades.
* Na sua comunidade ou capela, deixe ao lado do presépio um cesto e estimule as pessoas a levar um “presente para Jesus”. Isto é, um quilo de alimento, roupas ou brinquedos para serem repassados à pastoral social de sua comunidade.
* Por fim, arrume seu lar: acenda as luzes do AMOR; faça a faxina do PERDÃO; prepare um pinheiro de Natal com lindos enfeites de VIRTUDES; e elabore uma ceia, onde os pratos principais serão a UNIÃO e a PAZ.
Que em 2013, quando José e Maria passarem por nossas casas, na noite de Natal, encontrem portas e corações abertos para acolhê-los.
Com muito carinho, aproveito para desejar a todos um santo e feliz Natal.
Deus abençoe você!
Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – Obra sem fins lucrativos, benfeitora nacional, que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos em parceria com milhares de emissoras no país e algumas no exterior e também colaborador da edição de ZENIT português. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br. Facebook: www.facebook.com/padrereginaldomanzotti. Twitter: @padremanzotti

Fonte: Zenit.org

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Campanha da Fraternidade de 2014



Campanha da Fraternidade de 2014 será sobre Tráfico Humano

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil abordará o tema pela primeira vez

Por Izabel Fidelis
BRASíLIA, 04 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) - Fraternidade e Tráfico Humano: esse será o tema da Campanha da Fraternidade (CF) do próximo ano, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Com o lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou”, baseado na passagem bíblica de Gálatas 5, o objetivo geral da Campanha é identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-lo como violação da dignidade e da liberdade humanas, mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar este mal, com vistas ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus.
Segundo o assessor da Campanha da Fraternidade, padre Luis Carlos Dias, o tráfico de pessoas é uma atividade que atenta contra a dignidade, mas que a sociedade está hoje mais atenta quanto a esse assunto.  “Na história da CF é a primeira vez que se aborda o tema do tráfico humano. Apesar do gigantismo da estrutura deste crime organizado, só recentemente a sociedade em geral começou a conhecer a gravidade deste problema social e a mobilizar-se para seu enfrentamento”, afirma.
Desde o último mês de setembro a CNBB disponibilizou o texto-base da Campanha, com informações e estatísticas sobre a questão do tráfico humano, obtidas em órgãos oficiais e organismos internacionais, sobretudo da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No Brasil, foram analisados dados do Ministério da Justiça, que apontam que este tipo de crime está presente em todos os Estados da Federação, com mais de 240 rotas de tráfico.
O lançamento da Campanha da Fraternidade será na quarta-feira de cinzas, uma data bastante propícia, segundo o padre Luis Carlos.  “É bom frisar que a Campanha da Fraternidade é realizada na quaresma, tempo litúrgico que se apresenta como um itinerário de conversão para os cristãos em vista da celebração da Páscoa. Por meio da Campanha da Fraternidade, a Igreja quer ampliar o âmbito de conversão para que este convite não permaneça alheio aos grandes problemas que nos atingem na vida em sociedade, especialmente aos irmãos e irmãs mais necessitados.”
Outros subsídios da Campanha, como o cartaz, o manual e os folhetos quaresmais podem ser adquiridos no site: www.edicoescnbb.org.br ou pelo telefone: (61) 2193.3001

Fonte: Zenit.org

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

S. João Diego, MFac



S. João Diogo, indígena mexicano, vidente de Guadalupe, séc. XVI


S. Juan Diego nasceu em 1474 no "calpulli" de Tlayacac, em Cuauhtitlán, México, estabelecido em 1168 pela tribo nahua e conquistado pelo chefe Asteca Axayacatl em 1467. Quando nasceu recebeu o nome de Cuauhtlatoatzin, que quer dizer "que fala como águia" ou "águia que fala". Juan Diego pertenceu à mais numerosa e baixa classe do Império Asteca, sem chegar a ser escravo. Dedicou-se a trabalhar a terra e plantava árvores que logo vendia. Possuía um terreno onde construiu uma pequena moradia. Casou-se com uma nativa, e não tiveram filhos.

Entre 1524 e 1525 converteu-se ao cristianismo e foi batizado junto com sua esposa, recebendo o nome de Juan Diego e ela, o de Maria Luzia. Foram batizados pelo missionário franciscano Frei Turíbio de Benavente, chamado pelos índios "Motolinia" ou "o pobre".

Antes de sua conversão Juan Diego já era um homem piedoso e religioso. Era muito reservado e de caráter místico, gostava do silêncio e estava acostumado a caminhar desde seu povoado até o Tenochtitlán, a 20 quilômetros de distância, para receber instrução religiosa. Sua alma gêmea Maria Luzia faleceu em 1529. Nesse momento Juan Diego foi viver com seu tio Juan Bernardino em Tolpetlac, a só 14 Km da igreja de Tlatilolco, Tenochtitlán. Durante uma de suas caminhadas para Tenochtitlán, que costumavam durar três horas através de montanhas e povoados, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora, no lugar agora conhecido como "Capela do Cerrito", onde a Virgem Maria lhe falou em seu idioma, o náhuatl.

Juan Diego tinha 57 anos no momento das aparições, certamente uma idade avançada num lugar e época onde a expectativa de vida masculina pouco ultrapassava os 40 anos. Após o milagre do Guadalupe, Juan Diego foi viver num pequeno quarto junto à capela que alojava a Santa imagem, depois de deixar todos os seus haveres para seu tio Juan Bernardino. Passou o resto de sua vida dedicado à difusão do relato das aparições entre as pessoas de seu povo.

Morreu em 30 de maio de 1548, aos 74 anos de idade. Juan Diego foi beatificado em abril de 1990 pelo Papa João Paulo II, que igualmente o canonizou em 2002.


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Imaculada Conceição de Nossa Senhora, solenidade



Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria

O pecado original é uma realidade misteriosa e pouco evidente para nós enquanto comporta um prolongamento da culpa dos progenitores até todos nós. Neste dia, nós o consideramos na sua conspícua excepção ou melhor no singular privilégio concedido a Maria, que foi dele preservada desde o primeiro instante da sua concepção, da sua existência humana. O valor doutrinal desta festividade é manifesto na prece da celebração litúrgica, que sublinha o privilégio concedido à futura Mãe de Deus; "Ó Deus, que pela Imaculada Conceição da Virgem preparaste ao teu Filho uma morada digna dele...", e a própria natureza deste privilégio, enquanto não subtrai Maria à Redenção universal efectuada por Cristo: "Tu que a preservaste de toda a mancha na previsão da morte do teu Filho..." 
Antes que Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus em 1854, definisse solenemente o dogma da Imaculada Conceição, não obstante as hesitações de alguns teólogos, que podiam apelar para o próprio São Tomás de Aquino, tinha-se chegado a um desenvolvimento não só da devoção popular para com a Imaculada mas também nas intervenções dos papas a favor desta celebração. Antes que o calendário romano incluísse a festa em 1476, esta já havia aparecido no Oriente no século sétimo, e contemporaneamente na Itália meridional dominada pelos bizantinos. 
Em 1570, Pio V publicou o novo Ofício e finalmente em 1708 Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória, a toda a cristandade. Mas desde a origem do cristianismo Maria foi venerada pelos fiéis como a TODA SANTA. No primeiro esboço da festa litúrgica da Conceição, anterior ao século sétimo, nota-se, se não a profissão explícita da isenção da culpa original, pelo menos uma persuasão teologicamente equivalente. "Potuit, decuit, ergo fecit", havia argumentado um brilhante teólogo medieval: "Deus podia fazê-lo, convinha que o fizesse, portanto o fez." Do infinito amor de Cristo para com a Mãe, que a pré-redimiu e a cumulou do Espírito Santo desde o primeiro instante da sua existência, derivou este singular privilégio, que a Igreja hoje celebra para nos fazer meditar sobre a beleza de toda alma santificada pela graça redentora de Cristo. 
Quatro anos após a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, a Virgem apareceu a Santa Bernadette Soubirous. Para a menina que, timidamente, perguntava: "Senhora, quer ter a bondade de me dizer o seu nome?", Maria respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição."

Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

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sábado, 7 de dezembro de 2013

Sto. Ambrósio BDr, memória



Santo Ambrósio, bispo, Doutor da Igreja, +397

Era funcionário do Império e governava o norte da Itália quando os fiéis da diocese de Milão, inspirados por Deus, o aclamaram seu bispo. Àquela altura, Ambrósio era apenas catecúmeno e ainda não havia recebido o baptismo. Mas foram tão claros os sinais de que era a voz de Deus que naquele momento falava pela boca dos populares que, depois de alguma hesitação, Ambrósio aceitou.

Foi baptizado, ordenado sacerdote e sagrado bispo. Tomando inteiramente a sério as novas responsabilidades, colocou sua imensa cultura e sua invulgar capacidade administrativa ao inteiro serviço da Igreja.

Combateu heresias, favoreceu e defendeu a virgindade consagrada a Deus, empenhou-se tenazmente para extirpar os restos de paganismo do Império. Não hesitou em enfrentar o imperador Teodósio, impondo a ele uma penitência pública porque se portara mal. Deixou numerosos escritos de alto valor intelectual, e teve papel eminente na conversão de Santo Agostinho.


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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

S. Nicolau B, MFac



S. Nicolau, bispo, +342

O Santo deste dia é São Nicolau, muito amado pelos cristãos e alvo de inúmeras lendas. Nicolau nasceu na Ásia Menor, pelo ano de 275, filho de pais ricos, mas com uma profunda vida de oração. Tornou-se sacerdote da diocese de Mira, onde com amor evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição em que viviam os cristãos. 
São Nicolau é conhecido principalmente pelo seu amor para com os pobres, já que ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados. Certa vez, Nicolau, sabendo que três pobres moças não tinham os dotes para o casamento e por isso o próprio pai, na loucura, lhes aconselhou a prostituição, atirou pela janela da casa das moças três bolsas com o dinheiro suficiente para os dotes das jovens. Daí que nos países do Norte da Europa, através da fantasia, tenham visto em Nicolau o velho de barbas brancas que leva presentes às crianças no mês de dezembro.
Sagrado bispo de Mira, Nicolau conquistou todos com a sua caridade, zelo, espírito de oração, e carisma de milagres. Historiadores relatam que, ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado à morte, mas felizmente salvou-se em 313, pois foi publicado o edital de Milão que concedia a liberdade religiosa.
São Nicolau participou no Concílio de Niceia, onde Jesus foi declarado consubstancial ao Pai. Partiu para o céu em 342 ao morrer em Mira com fama de santidade e de instrumento de Deus para que muitos milagres chegassem ao povo.


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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

S. João Damasceno PresbDr, MFac



S. João Damasceno, presbítero e doutor da Igreja, +749

Nasceu em 675, em Damasco (Síria), no período em que o Cristianismo tinha uma certa liberdade, tanto assim que o pai de João era cristão e amigo dos Sarracenos, que naquela época eram senhores do país. Esta estima estendia-se também ao filho. Os raros talentos e merecimentos deste levaram o Califa a distingui-lo com a sua confiança e nomeá-lo perfeito de Damasco.

João Damasceno, ainda jovem e ajudante do pai, gozava de muitos privilégios financeiros, mas ao compreender o amor de Cristo pobre deu atenção à palavra que mostra as dificuldades de os ricos (os que vivem só para as riquezas) entrarem no Reino dos Céus. Assim, num forte desejo de perfeição, renunciou a todos os bens e deu-os aos pobres. Preferiu uma vida de maus tratos a uma vida de pecado . Retirou-se para um convento de São Sabas perto de Jerusalém e passou a viver na humildade, caridade e alegria. Escreveu inúmeras obras tratando de vários assuntos sobre teologia dogmática, apologética e outras, que fizeram  São João digno do título de Doutor da Igreja.

Certa vez, os hereges prenderam São João e cortaram-lhe a mão direita para não mais escrever, mas por intercessão de Nossa Senhora foi curado. Seu amor à Mãe de Jesus foi tão concreto que foi São João quem tomou presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição, a maternidade divina, a virgindade, a Assunção em corpo e alma de Maria.

Foi declarado doutor da Igreja pelo Papa Leão XIII em 1890.


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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

S. Francisco Xavier Presb, memória



S. Francisco Xavier, presbítero, +1552

Francisco nasceu no castelo de Xavier, na Espanha, a 7 de Abril de 1506, e sofreu com a guerra, onde aprendeu a nobreza e a valentia; com 18 anos foi para Paris estudar, tornando-se doutor e professor.

Vaidoso e ambicioso, buscava a glória de si até conhecer Inácio de Loyola, com quem fez amizade, e que sempre repetia ao novo amigo: “Francisco, que adianta o homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?” Com o tempo, e intercessão de Inácio, o coração de Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, até que entrou no verdadeiro processo de conversão. E tornou-se com Santo Inácio co-fundador da Companhia de Jesus.

A Igreja, que na sua essência é missionaria, teve no século XV e XVI um grande impulso do Espírito Santo para evangelizar a América e o Oriente. Já como padre, e empenhado no caminho da santidade, São Francisco Xavier foi designado por Inácio a ir em missão para o Oriente. Na Índia, fez frutuoso trabalho de evangelização que abrangeu todas as classes e idades; ao avançar para o Japão, submeteu-se a aprender a língua e os seus costumes, a fim de anunciar  Cristo Vivo e Ressuscitado. Foi de tal modo o seu zelo missionário, que ficou conhecido como o “S. Paulo do Oriente”. Veio a falecer a caminho da China que sonhava evangelizar. Entrou no Céu com quarenta e seis anos de idade, com dez  anos de apostolado, e tornou-se o Patrono Universal das Missões ao lado de Santa Teresinha.  

Fonte: http://evangelhoquotidiano.org

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O tempo do Advento nos restitui o horizonte da esperança



As palavras do papa Francisco durante o Angelus

CIDADE DO VATICANO, 01 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) - Eis as palavras pronunciadas pelo Papa Francisco aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro hoje, às 12h00 (hora local), durante a recitação da oração do Angelus.
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Iniciamos hoje, Primeiro Domingo do Advento, um novo ano litúrgico, isso é, um novo caminho do Povo de Deus com Jesus Cristo, o nosso Pastor, que nos guia na história para o cumprimento do Reino de Deus. Por isto, este dia tem um encanto especial, nos faz experimentar um sentimento profundo do sentido da história. Redescobrimos a beleza de estar todos em caminho: a Igreja, com a sua vocação e missão, e toda a humanidade, os povos, as culturas, todos em caminho pelos caminhos do tempo.
Mas em caminho para onde? Há uma meta comum? E qual é esta meta? O Senhor nos responde através do profeta Isaías, e diz assim: “No fim dos tempos acontecerá/ que o monte da casa do Senhor/ estará colocado à frente das montanhas/ e dominará as colinas./ Para aí correrão todas as gentes,/ e os povos virão em multidão:/ “Vinde, dirão eles, subamos à montanha do Senhor,/ à casa do Deus de Jacó:/ ele nos ensinará seus caminhos,/ e nós trilharemos as suas veredas”” (2, 2-3). Isto é aquilo que nos diz Isaías sobre a meta para onde vamos. É uma peregrinação universal para uma meta comum, que no Antigo Testamento é Jerusalém, onde surge o templo do Senhor, porque dali, de Jerusalém, veio a revelação da face de Deus e da sua lei. A revelação encontrou em Jesus Cristo o seu cumprimento, e o “templo do Senhor” tornou-se Ele mesmo, o Verbo feito carne: é Ele o guia e junto à meta da nossa peregrinação, da peregrinação de todo o Povo de Deus; e à sua luz também outros povos possam caminhar rumo ao Reino da justiça, rumo ao Reino da paz. Diz ainda o profeta: “De suas espadas forjarão relhas de arados,/ e de suas lanças, foices./ Uma nação não levantará a espada contra a outra,/ e não se arrastarão mais para a guerra” (2, 4). Permito-me repetir isto que nos diz o Profeta, escutem bem: “De suas espadas forjarão relhas de arados,/ e de suas lanças, foices./ Uma nação não levantará a espada contra a outra,/ e não se arrastarão mais para a guerra”. Mas quando acontecerá isto? Que belo dia será, no qual as armas serão desmontadas, para se transformar em instrumentos de trabalho! Que belo dia será aquele! Que belo dia será aquele! E isto é possível! Apostemos na esperança, na esperança da paz, e será possível!
Este caminho não está nunca concluído. Como na vida de cada um de nós, há sempre necessidade de começar de novo, de levantar-se, de reencontrar o sentido da meta da própria existência, assim, para a grande família humana é necessário renovar sempre o horizonte comum rumo ao qual somos encaminhados. O horizonte da esperança! Este é o horizonte para fazer um bom caminho. O tempo do Advento, que hoje começamos de novo, nos restitui o horizonte da esperança, uma esperança que não desilude porque é fundada na Palavra de Deus. Uma esperança que não desilude, simplesmente porque o Senhor não desilude nunca! Ele é fiel! Ele não desilude! Pensemos e sintamos esta beleza.
O modelo desta atitude espiritual, deste modo de ser e de caminhar na vida é a Virgem Maria. Uma simples moça do campo, que leva no coração toda a esperança de Deus! Em seu ventre, a esperança de Deus tomou carne, fez-se homem, fez-se história: Jesus Cristo. O seu Magnificat é o cântico do Povo de Deus em caminho, e de todos os homens e mulheres que esperam em Deus, no poder da sua misericórdia. Deixemo-nos guiar por ela, que é mãe, é mãe e sabe como guiar-nos. Deixemo-nos guiar por ela neste tempo de espera e de vigilância ativa.
A todos desejo um bom início de Advento. Bom almoço e até mais!

Fonte: Zenit.org

SAV - Equipe

Santos Anjos da Guarda, memória

Santos Anjos da Guarda Os Anjos são antes de tudo os mediadores das mensagens da verdade Divina, iluminam o espírito com a luz inte...