terça-feira, 29 de novembro de 2011

Enfrentar a dor e a doença no espírito do evangelho

Bento XVI lembra o exemplo de vida e o ensinamento do papa João Paulo II
O XXVI Congresso Internacional do Pontifício Conselho da Pastoral da Saúde culminou sábado de manhã, 26 de Novembro, com a audiência que os participantes tiveram com o Papa Bento XVI. O tema do Congresso é “A pastoral sanitária à serviço da vida à luz do magistério do Beato João Paulo II. Na audiência também estavam presentes os prelados encarregados pela Pastoral da Saúde nas respectivas Conferências episcopais. O discurso do Santo Padre foi precedido pela homenagem de monsenhor Zygmut Zimowski.
Bento XVI recordou a contribuição indelével que o seu predecessor, o beato João Paulo II deu à pastoral sanitária, especialmente através da fundação, em 1985, do Pontifício Conselho dos Profissionais Sanitários, a instituição, há vinte anos atrás, do dia Mundial do Doente e, mais recentemente, com a Fundação "O bom Samaritano".
O Papa João Paulo II", proclamou que o serviço à pessoa doente no corpo e no espírito constitui um constante esforço de atenção e de evangelização de toda a comunidade eclesial, segundo o mandato de Jesus aos Doze, de curar os enfermos (cf. Lc 9,2)" , disse seu sucessor.
Em uma passagem, citada ontem pelo Papa Raztinger, da Carta Apostólica Salvifici Doloris, João Paulo II escreveu: "O sofrimento parece pertencer à transcendência do homem: esse é um daqueles pontos nos quais o homem está, em certo sentido, ‘destinado’ a superar a si mesmo, e é chamado a isso de uma maneira misteriosa "(No. 2).
Com a sua encarnação, Deus, explicou Bento XVI, "não eliminou a dor", mas em Cristo crucificado, revelou que "o seu amor desce também no abismo mais profundo do homem para dar-lhe esperança."
Portanto, o serviço de acompanhamento que se realiza aos "irmãos doentes, solitários, provados muitas vezes por feridas não só físicas, mas também espirituais e morais" põem em “uma posição privilegiada para testemunhar a ação salvífica de Deus, o seu amor pelo homem e pelo mundo, que abraça as situações mais dolorosas e terríveis ", disse o Papa.
"A Face do Salvador morrendo na cruz", acrescentou, nos ensina a "preservar e a promover a vida, em qualquer fase e qualquer que seja sua condição, reconhecendo a dignidade e o valor de cada ser humano."
A dor e o sofrimento "iluminados pela morte e ressurreição de Cristo" tiveram um reflexo vivente nos últimos anos da vida terrena de João Paulo II, cuja "fé inabalável e segura invadiu sua fraqueza física, tornando a sua doença, vivida pelo amor à Deus, à Igreja e ao mundo, uma participação concreta no caminho de Cristo ao Calvário ", disse Bento XVI.
Em conclusão, o Santo Padre desejou que os participantes da Audiência sejam capazes de "descobrir na árvore gloriosa da Cruz de Cristo", conclusão e Revelação plena de todo o Evangelho da vida "(Evangelium Vitae, 50)", seguindo os passos do "testamento vivido pelo beato João Paulo II em sua própria carne".

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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O evangelho da vida na pauta da Conferência para a Pastoral da Saúde

Lançada a Conferência Internacional do Pontifício Conselho para Agentes da Saúde
Na manhã de ontem, 22, aconteceu na Sala João Paulo II da assessoria de imprensa da Santa Sé a coletiva de apresentação da 26ª Conferência Internacional do Pontifício Conselho para Agentes da Saúde, que ocorre de 24 a 26 de novembro, na Sala Nova do Sínodo, com o tema "A pastoral da saúde a serviço da vida e à luz do magistério do beato João Paulo II".
Também foram apresentados o primeiro Encontro dos Bispos encarregados dessa pastoral, que ocorre hoje na Sala São Pio X, e o concerto beneficente em prol da Fundação Bom Samaritano, neste dia 25, às 18 horas, na Sala Paulo VI.
Aos jornalistas, o presidente do dicastério organizador, Dom Zygmunt Zimowski, destacou o esforço do beato João Paulo II na pastoral da saúde e em favor dos doentes. Em 1985, ele instituiu a Comissão para os Agentes da Saúde e, em 1992, a Jornada Mundial dos Enfermos. Poucos meses antes de falecer, em setembro de 2004, ele criou também a Fundação Bom Samaritano.
Mas o maior legado de João Paulo II é o imenso testemunho do próprio caminho de sofrimento. Dom Zimowski, a este respeito, citou as palavras de Bento XVI no discurso à Cúria romana em 22 de dezembro de 2005. João Paulo II, “com palavras e obras, nos deu grandes coisas; mas não menos importante é a lição que ele deu mediante o sofrimento e o silêncio”. “Ele mostrou ao vivo o Redentor, a Redenção, e nos deu a certeza de que o mal não tem a última palavra no mundo”, continuou o papa.
“É das palavras do Santo Padre, Bento XVI, e do profundo sentimento de veneração, autenticamente filial, deste dicastério e dos agentes da saúde pelo papa Wojtyła, que nós tiramos a inspiração para esta 26ª Conferência Internacional”, explicou o presidente do dicastério organizador.
Para o bispo, a série de eventos, incluindo o concerto, “constitui um ato de dedicação, e uma nova ocasião para refletir e aprofundar na busca de um novo impulso intelectual e operativo em favor da vida humana, praticando o fecundo magistério e os ensinamentos de Karol Wojtyła”.
“Haverá relatos, depoimentos e experiências teológico-pastorais inspiradas no ensinamento do beato sobre o valor cristão do sofrimento e sobre o evangelho da vida, numa ótica interdisciplinar, para chegarmos aos matizes das disciplinas afins às temáticas do plano de trabalhos”.
No primeiro dia da conferência, está previsto um ato solene em homenagem ao pontífice polonês, do qual participará o Cardeal Stanisław Dziwisz, arcebispo de Cracóvia e ex-secretário particular de Karol Wojtyła.
De acordo com Dom Zimowski, participarão não só representantes das instituições, associações e organizações dos fiéis envolvidos na pastoral da saúde, mas também de outras igrejas e confissões religiosas, como o reverendo Stavros Kofinas, coordenador da Rede para a Pastoral da Saúde do Patriarcado Ecumênico da Grécia, e o doutor Khaled al-Bassel, médico do Hospital Italiano do Cairo. Mais de 685 pessoas de mais de setenta países se inscreveram. Seis embaixadores junto à Santa Sé se pronunciarão.
Durante a coletiva, o subsecretário do Pontifício Conselho para os Agentes da Saúde, padre Augusto Chendi, M.I., afirmou: “A bagagem doutrinal que a Igreja herdou de João Paulo II, em especial sobre o evangelho da vida, que é objeto específico da próxima Conferência Internacional, junto com o magistério do atual Sumo Pontífice, precisa ser usada numa obra de formação dos agentes da saúde, no sentido amplo do termo. Ou seja, com a cooperação das diversas figuras profissionais que tomam conta diretamente das pessoas doentes ou afetadas por patologias que reduzem as suas capacidades, sem excluir aqueles que são chamados a fazer escolhas eticamente corretas também no âmbito político ou na gestão econômica e financeira do mundo da saúde”.
Um dos objetivos do encontro é atualizar a Carta dos Agentes da Saúde, redigida em 1994. “Precisamos acrescentar coisas, considerando o avanço das ciências médicas e as possibilidades de interferir na vida humana, além dos pronunciamentos magisteriais que foram feitos desde aquela data, durante o pontificado de João Paulo II”, prosseguiu Chendi.

O camiliano italiano mencionou neste ponto a encíclica Evangelium vitae, de 25 de março de 1995, e a “Nota doutrinal sobre algumas questões referentes ao compromisso e ao comportamento dos católicos na vida política”, de 24 de novembro de 2002. Outro texto a ser agregado à Carta é a instrução “Dignitas personae”, de 8 de setembro de 2008.
Além de Dom Zimowski e do padre Chendi, manifestaram-se durante a entrevista coletiva Dom Valentin Pozaić, S.I., bispo auxiliar de Zagreb, na Croácia; Dom Jean-Marie Mate Musivi Mupendawatu, secretário do Pontifício Conselho para os Agentes da Saúde; Dom Jacques Suaudeau, da Pontifícia Academia para a Vida e consultor do dicastério, e a irmã Myriam Castelli, da congregação das Paulinas e jornalista da RAI Internacional.

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Palavras do Papa

Palavras do Papa no Ângelus de todos os santos

Queridos irmãos e irmãs:

A solenidade de Todos os Santos é uma ocasião propícia para elevar o olhar das realidades terrenas, marcadas pelo tempo, à dimensão de Deus, à dimensão da eternidade e da santidade. A liturgia nos recorda hoje que a santidade é a vocação original de todo batizado (cf. Lumen gentium, 40). Cristo, de fato, que, com o Pai e o Espírito Santo, é o único Santo (cf. Ap 15,4), amou a Igreja como sua esposa e doou-se a ela, com o fim de santificá-la (cf. Ef 5,25-26). Por esta razão, todos os membros do Povo de Deus estão chamados a converter-se em santos, segundo a afirmação do apóstolo Paulo: “Esta é, de fato, a vontade de Deus: a vossa santificação” (1 Ts 4,3). Estamos chamados a considerar a Igreja não só em seu aspecto temporal e humano, marcado pela fragilidade, mas como Cristo a quis, isto é, “a comunhão dos santos” (Catecismo da Igreja Católica, 946). No Credo, professamos que a Igreja é “santa” – santa porque é o Corpo de Cristo, é instrumento de participação nos Santos Mistérios – em primeiro lugar a Eucaristia – e família dos Santos, a cuja proteção somos confiados no dia do Batismo.

Hoje, veneramos esta inumerável comunidade de Todos os Santos, que, por meio dos seus diversos itinerários de vida, nos indicam diferentes caminhos de santidade, reunidos sob um denominador comum: seguir Cristo e conformar-se com Ele até o final dos nossos assuntos humanos. Todos os estados de vida, de fato, podem se tornar, com a ação da graça e com o compromisso e a perseverança de cada um, em vias de santificação.

A comemoração dos fiéis defuntos, a qual se dedicará o dia de amanhã, 2 de novembro, nos ajuda a recordar os nossos entes queridos que nos deixaram e todas as almas em caminho rumo à plenitude da vida, no horizonte da Igreja celeste, aonde a solenidade de hoje nos elevou. Desde os primeiros tempos da fé cristã, a Igreja terrena, reconhecendo a comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, cultivou com grande piedade a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios por eles. A nossa oração pelos mortos é, portanto, não somente útil, mas também necessária, já que esta não só pode ajudá-los, mas, ao mesmo tempo, torna eficaz sua intercessão em nosso favor (cf. Catecismo da Igreja Católica, 958). Também a visita aos cemitérios, ao mesmo tempo que custodia os laços de afeto com quem nos amou durante a nossa vida, nos recorda que todos caminhamos rumo a outra vida, além da morte. Que o pranto, devido à distância terrena, não prevaleça sobre a certeza da ressurreição, sobre a esperança de alcançar a beatitude da eternidade, “momento supremo de santificação, no qual a totalidade nos abraça e nós nos abraçamos à totalidade” (Spe salvi, 12). O objeto da nossa esperança é desfrutar da presença de Deus na eternidade, o que Jesus prometeu aos seus discípulos, dizendo: “Eu vos verei novamente, e o vosso coração se alegrará, e ninguém poderá tirar a vossa alegria” (Jo 16,22).

A Nossa Senhora, Rainha de todos os santos, confiamos a nossa peregrinação rumo à pátria celeste, enquanto invocamos para os irmãos e irmãs defuntos sua intercessão maternal.


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Equipe - SAV

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Festa de Nossa Senhora da Saúde

A Constituição dos Religiosos Camilianos expressa: “Maria, Mãe de Jesus, fiel em acolher o Verbo, em cooperar na sua obra e, de maneira especial, solícita para com os sofredores, se apresenta para nós qual modelo de vida espiritual e de serviço e nos assiste com seu amor maternal. A nossa Ordem venera-a com singular piedade, celebra com devoção as suas festas e a honra com a recitação do terço. Nós a reconhecemos e a amamos com Mãe e a invocamos 'Rainha dos Ministros dos Enfermos'” (n. 68).
Na Igreja da Casa da Madalena, sede geral da Ordem, em Roma, preserva-se a imagem de Nossa Senhora da Saúde (Salus Infirmorum). A história dessa imagem é muito simples e singela. Dois anos antes da morte de São Camilo, próximo da Casa da Madalena veio morar uma senhora, Settimia de Nobili. Ela era muito devota de Nossa Senhora, também vivia adoentada e foi assistida pelo piedosíssimo Padre Cesare Simonio. Essa senhora tinha na sua casa uma imagem da Virgem, com o Menino nos braços, à qual tinha muito apego e devoção: era um quadro de Nossa Senhora da Saúde.
            A gentil senhora, quando estava prestes a falecer, no dia 19 de janeiro de 1614, deixa em testamento a doação da imagem para os padres Camilianos. No dia 25 de maio, de 1616, morria a senhora Settimia, assistida pelo Padre Cesare Simonio. Esse tomou o quadro da Virgem e colocou-o sobre o altar-mor da Igreja de Santa Maria Madalena. Até hoje a imagem é conservada, venerada e guardada pelos Religiosos da Ordem dos Ministros dos Enfermos, Camilianos, que celebram sua festa em 16 de novembro.
            Entretanto, encontramos outras datas para esta festividade de Nossa Senhora da Saúde, por exemplo: em Lisboa (Portugal), comemora-se em: 20 de abril; 15 de agosto (também dia da Assunção de Maria). Na Itália (onde é conhecida como Madonna della Salute), é celebrada a 21 de novembro e tem o seu maior santuário em Veneza - a Basílica de Santa Maria della Salute. A veneração à Nossa Senhora da Saúde, foi trazida ao Brasil pelos imigrantes italianos da região do Vêneto.
As imagens de Nossa Senhora da Saúde são muito diferentes, pelo menos no Brasil. Geralmente, o único traço iconográfico distintivo da Senhora da Saúde é o segurar com o braço esquerdo o Menino Jesus, à semelhança da Nossa Senhora do Carmo, mas sem qualquer outro adereço.

Equipe – SAV

Santos Anjos da Guarda, memória

Santos Anjos da Guarda Os Anjos são antes de tudo os mediadores das mensagens da verdade Divina, iluminam o espírito com a luz inte...